O futebol feminino no Brasil tem uma história marcante que remonta ao início do século XX. No início, o futebol feminino enfrentava uma série de restrições culturais e sociais. Em 1941, o então presidente Getúlio Vargas chegou a proibir a prática do futebol pelas mulheres, rotulando-o como inadequado e prejudicial à saúde feminina. Esse cenário de repressão limitou a disseminação do esporte entre as mulheres no Brasil por muitos anos.
No entanto, em 1959 o protagonista Treze Futebol Clube idealizou, fez a preparação das atletas e promoveu o primeiro jogo de futebol feminino da cidade de Campina Grande na Paraíba e certamente um dos primeiros do Brasil, conforme pesquisa realizada pelo historiador e professor Mário Vinicius, autor do livro dos 80 anos do Treze.
Conforme noticiado à época, o evento foi um show de organização, com a presença de um ótimo público que teve um comportamento de destaque, enquanto as moças provaram que futebol não foi feito apenas para homens numa partida bem disputada que terminou com o placar de 1×0 para a equipe azul.
Contudo, foi apenas na década de 1980 que o futebol feminino começou a ganhar mais espaço e atenção no país. O marco definitivo para o crescimento do futebol feminino brasileiro ocorreu na década de 1990, quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criou o Campeonato Brasileiro Feminino em 1997, proporcionando uma competição de alto nível para as equipes do país. Além disso, em 1996, foi estabelecida a seleção feminina brasileira de futebol, que começou a competir internacionalmente.
Nesta quarta, 02 de agosto de 2023, a seleção feminina do Brasil que participou de todas as edições das Copas do Mundo da Fifa e ainda não conquistou nenhum título, foi novamente eliminada logo na fase de grupos, desta vez, para a precária seleção da Jamaica que precisou fazer “vaquinha” para ir ao mundial na Austrália, mantendo o vice-campeonato de 2019 como melhor colocação brasileira na história da competição feminina.
A jogadora Marta foi escalada como titular e capitã. Marta Vieira da Silva, se tornou uma das melhores jogadoras da história do esporte e foi eleita seis vezes a melhor Jogadora do Mundo pela FIFA. Apesar do progresso, ainda existem desafios a serem superados, no entanto, o futuro do futebol feminino no Brasil é promissor, com um número crescente de talentosas jogadoras emergindo. Espera-se que a modalidade continue a crescer e a inspirar gerações de mulheres a se destacarem no cenário esportivo nacional e internacional.